Tudo que você precisa saber para ser um síndico profissional

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Tudo que você precisa saber para ser um síndico profissional

Ser síndico significa assumir uma grande responsabilidade. Afinal, é preciso garantir que a dinâmica do condomínio funcione adequadamente, cumprindo o orçamento disponível e as obrigações legais que o cargo exige.

Deve ter conhecimento sobre o condomínio, reconhecendo as suas reais necessidades e prioridades, além de muitas vezes, ter que intermediar conflitos entre os moradores.

Pensando nisso, elaboramos este artigo para ensinar aos interessados como se tornar um síndico profissional.

Então continue acompanhando este post.

Responsabilidade e Obrigações

O síndico deve entender o seu papel para evitar quaisquer problemas relativos às questões legais, responsabilidade administrativa e insatisfação dos condôminos.

No geral, é dever do síndico fazer valer o Regulamento Interno do condomínio e garantir que todos respeitem as regras lá impostas.

O síndico é a figura central do condomínio, pessoa a quem condôminos e funcionários recorrem sempre que algo precisa ser resolvido.

Assim, ele frequentemente acaba assumindo funções que contribuem para a gestão do condomínio e a manutenção da harmonia entre as pessoas, envolvendo-se inclusive em questões entre vizinhos.

Se surgem discussões sobre vagas de garagem, conflitos entre crianças e problemas relacionados ao barulho, por exemplo, o síndico deve intermediar.

Além disso, como gestor, cabe ao síndico atender às atribuições administrativas decorrentes da gestão condominial.

Normalmente, o cargo é ocupado por um morador eleito em assembleia, no entanto, alguns condomínios podem optar pela contratação de um síndico profissional.

O que é um síndico profissional?

O síndico profissional é uma pessoa contratada pelo condomínio para exercer a função com as mesmas atribuições que cumpriria um morador.

A profissão ainda não foi regulamentada, mas a contratação de um especialista passou a ser legal em 2002, com o Novo Código Civil, através do Art. 1.347.

Ela cita que, assim como na escolha de um síndico morador, o síndico profissional deve ser escolhido por assembleia, podendo ele não ser um condômino.

Ele será o responsável pela administração por prazo não superior a 2 anos, com a possibilidade de renovação.

Como já citado, o síndico profissional tem as mesmas obrigações de um síndico residente. Suas tarefas incluem:

  1. Administrar o condomínio;
  2. Cuidar da preservação das áreas comuns do condomínio;
  3. Coordenar os funcionários contratados e terceirizados;
  4. Lidar com moradores e mediar conflitos;
  5. Fiscalizar a inadimplência e ações judiciais do condomínio;
  6. Cuidar e gerenciar os fundos de reserva;
  7. Organizar as reuniões e assembleias e garantir que os moradores sejam notificados;
  8. Gerir o cronograma de manutenções respeitando o planejamento.

Como se tornar um síndico profissional?

Não existe até o momento uma certificação que forme um síndico profissional, no entanto, algumas instituições oferecem cursos de capacitação.

Os interessados em atuar na área devem possuir algumas características básicas:

  1. Ser organizado, proativo, independente e disciplinado para trabalhar com autonomia;
  2. Ter conhecimento e afinidade em áreas como a administração, direito, contabilidade, recursos humanos e finanças;
  3. Ser paciente e calmo para resolver conflitos;
  4. Habilidade em lidar com moradores e funcionários para manter um bom relacionamento.

É comum que a carreira destes profissionais se inicie após a experiência como síndico morador em seus próprios condomínios.

Após demonstrarem aptidão para o cargo, algumas pessoas veem a possibilidade de investir na carreira.

Além do mais, é possível conciliar as tarefas como síndico com outras profissões, conquistando uma fonte de renda extra.

Quanto ganha um síndico profissional?

Como a profissão ainda não é regulamentada, não existe um piso salarial estipulado para os síndicos.

Desta forma, a remuneração segue alguns pontos básicos para o cálculo. Os valores variam conforme as características do condomínio, mas na maioria das vezes, o profissional pode receber de R$ 1.500 a R$ 4.000.

Em casos excepcionais, os valores podem saltar e o patamar se elevar para próximo de R$ 10.000 mensais.

Para calcular o salário do síndico profissional, são levados em consideração os seguintes aspectos:

  1. Tamanho do condomínio;
  2. Unidades do condomínio;
  3. Quantidade e tamanho das áreas comuns;
  4. Valor da taxa condominial;
  5. Número de funcionários contratados.

O profissional que atua como síndico é um prestador de serviço, mas como a profissão não é regulamentada, seus proventos devem ser atrelados a um CNPJ.

Na maior parte dos casos, o síndico profissional se torna um MEI (Microempreendedor Individual).

Para isso, deve seguir todos os trâmites para abertura de empresa e se atentar às obrigações tributárias e legais, assim como para a emissão de notas fiscais e declaração de imposto de renda.

Vale a pena contratar um síndico profissional?

As necessidades dos condomínios variam conforme suas características. A contratação de um profissional para administrar o dia a dia tem vantagens e desvantagens.

O condomínio deve analisar o panorama em que está para fazer a decisão. Para isso, vamos citar o lado positivo e negativo no emprego de um síndico profissional.

Vantagens

  1. O síndico profissional tende a ser mais experiente e preparado para assumir a posição do que um morador. Muitas vezes, estes profissionais conhecem as atribuições com mais profundidade do que os moradores, podendo trazer vantagens ao condomínio;
  2. Possui imparcialidade para gerir e resolver conflitos entre os moradores. Pessoas contratadas de fora costumam envolver-se com mais cautela e profissionalismo com os moradores, o que deixa de fora qualquer aspecto de preferência por um residente ou outro. Desta maneira, consegue ter discernimento superior para resolver problemas;
  3. Maior controle sobre os funcionários e equipe terceirizada. Síndicos profissionais conseguem ter uma relação isenta com os funcionários do condomínio o que lhe permite administrar melhor as funções e tarefas relacionadas a eles;
  4. O síndico profissional pode dar mais isenção na gestão do contrato com as empresas contratadas e administradoras. Fica a cargo dele gerenciar adequadamente o condomínio e dar mais liberdade e segurança aos investidores.

Desvantagens

  1. A contratação tem um custo maior do que a de um síndico morador, o que pode ser um problema para a receita do condomínio. Por isso, antes de tomar a decisão, deve-se avaliar as condições financeiras do condomínio;
  2. O distanciamento do cotidiano do condomínio pode ser um problema, já que o síndico profissional não é um residente. Isto é, estes profissionais podem não ter o conhecimento integral da rotina do condomínio.
  3. Alguns síndicos profissionais administram vários prédios, muitas vezes sem a devida estrutura de backoffice, o que pode gerar desorganização, acúmulo de atividades e falta de atenção com os condomínios.

Obs: O bom síndico deve lutar para estar a par de cada detalhe do condomínio que administra e se fazer presente em todas as situações.

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